 
"Melhor é serem dois do que um (טוֹבִים הַשְּׁנַיִם, מִן-הָאֶחָד:)."
 Eclesiastes 4:9
O  Capitão Edward Get, despede-se de sua esposa, a enfermeira naval Jude  Laws, com quem ele tinha uma difícil relação, pois nunca a havia tratado  com respeito e amor, como é devido a um esposo tratar sua mulher, pois  ela, a esposa, é a “Pedra do Altar Celeste”.
 
O Capitão Edward está indo na mais difícil  missão dos Aliados: O desembarque na praia de Omaha. Quatro meses se  passam após a partida do capitão Edward, mas nenhuma carta, nenhuma  mensagem, e nem mesmo um aviso de falecimento em combate é recebido pela  enfermeira Jude.
Um dia, após um pesado combate nas  Florestas de Ardenas, contra a terrível força nazista, a Panzer, o  hospital está cheio. Soldados mutilados, em terríveis condições. Alguns  sem as pernas, outros sem braços, e muitos com os órgãos internos  expostos por terríveis explosões. Entre eles estava o tenente David Soul  Mate com um terrível ferimento no braço esquerdo. Quando Jude passa,  ele a segura pela mão, e é então que seus olhos se cruzam pela primeira  vez. Ela se aproxima ainda presa ao olhar do tenente, e logo nota sua  terrível ferida, e imediatamente começa a tratá-lo.
Dias se  passam, e o tenente é liberado do hospital, mas seus corações e suas  almas permanecem ligados. O amor é imediato e inevitavelmente poderoso. 
Numa manha,  enquanto a enfermeira Jude em sua casa, nos arredores da vila militar,  prepara o seu café deliciosamente misturado com o sabor de um pau de  canela, alguém bate á porta. Seu coração imediatamente dispara, como que  percebendo que, aquele por quem ele agora suspirava estava lá, em pé a  sua porta. Ela arruma o cabelo, e depois de olhar-se no espelho,  dirige-se a porta. Em pé, com seu quepe embaixo do braço esquerdo,  totalmente curado, está o tenente David. Eles se olham por alguns  segundos, e magicamente permitem o encontro dos seus lábios num momento  capaz de mover os céus e a terra.
Dois meses  são decorridos deste encontro, e numa manha em que a enfermeira Jude  prepara o seu delicioso café com a especiaria, três toques na porta a  fazem suspirar. Achando ser o seu amado tenente, ela se dirige à porta,  ainda segurando em sua mão sua xícara de café, que ao deparar-se com a  figura de 1,90 à porta, e deixada ao ar, indo estalar-se de encontro ao  chão.
- Edward! – exclama a doce enfermeira. Sua  vida agora mudaria radicalmente, e um problema a ser solucionado agora a  aguardava, pois achava que o marido havia morrido na guerra.
Para nós  estudantes da torah, surge imediatamente um pergunta: Teria a enfermeira  Jude cometido Adultério, lançando-se num novo relacionamento, uma vez  que seu marido ainda estava vivo?
A resposta  evidentemente é sim! Ela cometeu adultério, pois o marido não a havia  liberado do seu compromisso.
Para evitar  que esta desgraça acontecesse com os guerreiros de Israel, D´us comandou  pela “tradição” que, todo guerreiro de Israel ao sair para a guerra,  deveria escrever um termo de divorcio, conforme comandado pela lei me  Moisés nosso Rabi, para que, não havendo noticias de seu desaparecimento  em combate, sua esposa pudesse iniciar um novo relacionamento, e  encontrar para os seus filhos um novo pai. É aqui que reside o segredo  da história do Amado Rei David e Bath-Sheva.
Muitos “auto  intitulados” homens de D´us, pastores e lideres de congregações, tem  pecado por gerações, imputando uma má fama ao Rei Santo de Israel, um  homem segundo o coração de D´us. Estas pessoas tem pecado contra a Tora e  assim contra o Sagrado, bendito seja Ele, ao acusar o Rei de Israel de  “adultério”. Tolos que são, continuam se movendo pelas sombras do  “romanismo católico” e suas interpretações profanas das escrituras.
Estes homens  tolos sem nenhum conhecimento, obrigam mulheres humilhadas, maltratadas a  permanecerem atadas a casamento com estes homens que são inimigos de  D´us, pois humilham a “Pedra do Altar Celeste” que é a esposa, a figura  da “Presença Divina” no mundo, aquele que representa a “terra de  kana´an”.
Um  Segredo Sobre O Rei David
 
Muitos lideres religiosos e muitas  gerações, procurando ensinar justamente aquilo sobre o que não tem  nenhuma autoridade, a “Bíblia”, e procurando as causas que culminaram no  evento do Rei David com Bathsheva, atribuíram ao Rei Santo de Yisrael,  um pecado que ele jamais cometeu: “ADULTÉRIO”. E isto é tão certo porque as  conseqüências contidas na Toráh sobre esta questão, não foram aplicadas  ao Rei Santo. A torah diz: “E com a mulher de teu  companheiro não te deitarás para dar sêmen (Levitico 18:20)”.
O sábio  Maimônides, explicando acerca deste preceito da Toráh, que é o de Nº 347  dos preceitos negativos, diz: “A punição pela  violação deste preceito varia de acordo com as circunstancias. Se a  mulher for noiva, ambos ficam sujeitos ao apredejamento, como determinam  as Escrituras. Se ela for filha de um Cohen (sacerdote), ela deverá  morrer queimada  e o homem estrangulado. Se ela  for filha de um Israelita, ambos estão sujeitos a morte por  estrangulamento. Tudo isto se aplica se a prova for evidenciada, caso  contrário o homem fica sujeito à extinção”.
Nós sabemos  que, nenhuma destas punições foi imposta ao amado Rei de Yisrael, o que  evidencia que a natureza do pecado do Rei não foi o de adultério. E  senão, então qual foi? Para responder esta intrigante questão, temos que  voltar ao principio.
O Rei David
O Profeta
Foi durante a guerra com os amonitas que o primeiro pecado grave foi cometido por Davi. Sendo profeta, Davi sabia que seu herdeiro e sucessor seria o filho que nasceria para ele e Bate-Seba, uma mulher de renome, famosa por sua excelência em caráter, não menos que por sua beleza insuperável. David soube, no entanto, que ela era casada com Urias, um capitão que lutava com Joabe no comando. Agora, era costume naqueles dias que homens casados, antes de irem à guerra, se divorciarem de suas esposas, para que, no caso de estarem "desaparecidos" em batalha, suas esposas pudessem se casar novamente. Urias havia conseguido o divórcio de sua esposa. David desejou se casar com Bate-Seba imediatamente. Ele convocou Urias para ele e, no curso da discussão, Urias insultou o rei. Davi poderia ter acusado Urias por alta traição, mas temia que o julgamento pudesse ser considerado um meio de se livrar dele. Davi permitiu que Urias retornasse ao campo de batalha, mas instruiu Joabe a não pôr em perigo a vida de outros soldados para salvar Urias de qualquer situação, pois ele merecia a morte em qualquer caso. Joabe seguiu estas instruções e Urias caiu, perfurado por um arqueiro amonita. No devido tempo, Urias ' a viúva tornou-se esposa de Davi. Mas Davi logo aprendeu que sua ação havia irritado muito a D'us .
 
O Zohar diz: A Serpente original no Jardim  de Éden comeu frutas da árvore que também é interpretada como “bebendo  vinho”. Por esta ação, duas forças de energia negativas entraram em  existência (não devemos pronunciar os nomes) malcon, e peor. O Zohar expõe estas duas forças  negativas e como eles se manifestam em nosso mundo para influenciar o  homem. As duas crianças nascidas de uma relação incestuosa entre Lót e as duas  filhas dele são a manifestação física destas duas forças. Está escrito  na Toráh: “E conceberam ambas as filhas de Lót, de  seu pai. E deu à luz a maior um filho, e chamou seu nome Moab, ele foi o  pai dos moabitas até hoje. E a menor, também ela, deu à luz um filho, e  chamou seu nome Ben Ami; ele foi o pai dos filhos de Amon até hoje  (gênesis 18:36, 37 e 38)”.
Um destes líderes tolos que pregam esta tolice é o "Reverendo Caio Fábio d'Araujo" que tenta justificar o erro cometido no passado usando Rei David. E sua página no Facebbok, encontramos estas palavras escritas por Leonardo Gonçalves: 
"Após o escândalo moral envolvendo a sua pessoa, o adultério seguido do divórcio, bem como a confissão em sua auto-biografia, o reverendo amazonense se desvelou ao público, abriu seu coração como nenhum outro, tirou a máscara e teve a ousadia de revelar ao mundo a sua verdadeira face. Sua hipocrisia, sua conduta dúbia, tudo isso foi delatado por ele mesmo, resultando no ostracismo ao qual ele foi submetido por alguns anos. Não quero com isso justificar a atitude do Caio. Adultério é pecado, causa um tremendo estrago, deixa cicatrizes profundas e em alguns casos a ferida nunca fecha completamente, e o Caio sabe disso. Contudo, que direito temos nós de punir um homem por algo que ficou lá no passado, e que certamente Deus mesmo já perdoou? Será que Caio, em plena vigência da Graça, foi privado por Deus do perdão enquanto Davi, na dispensação da Lei, foi perdoado pelo Criador?"
Nota-se, pelas palavras acima, que não há diferença de pensamento de Caio Fábio para aqueles a quem ele denuncia constantemente. Através das palavras acima se vê claramente que ele acredita mesmo estar no tal "tempo da graça" e que a Torah foi abolida, como é descrito, ela era a "dispensação da Lei"...
 
Amon & Moab
O Rei David que era um descendente de Moab  através de Ruth, usou esta tremenda negatividade como uma ferramenta  para ter controle em cima destas duas forças negativas. De acordo com as  leis de espiritualidade, para se atingir controle genuíno em cima de  qualquer situação, a pessoa tem que ter alguma conexão (parentesco) com  isto. Foi destinado que o Rei David seria semeado com esta negatividade  porque ele era cheio com a força espiritual necessária para ter controle  em cima disto. Está, portanto escrito no Zohar:
 O Rei David disse: “Contra Ti, contra Ti somente, tenho eu pecado, e praticado o mal em Tua vista”. O significado disto é o seguinte. È possível cometer pecados que são ofensas tanto para o Senhor quanto para o homem; também se pode cometer pecados que são ofensas contra o homem, mas não contra o Senhor; mas há também pecados que são cometidos somente contra o Senhor. O pecado de David foi este último tipo. Talvez, porém, você se incline a questionar isto, dizendo:
 “Mas e o pecado com BatSheva? Por acaso não pecou contra o marido – para quem ela estava agora proibida – assim contra o Senhor?”.
  
 Para esta pergunta há uma resposta, que é a seguinte: De acordo com a tradição, Urias, como era costume com os guerreiros de Israel, deu à sua esposa uma nota de divórcio antes de ir para a batalha, logo David não pecou contra Urias no sentido de traiçoeiramente roubar a sua esposa. E por isso lemos: “E David confortou a BatSheva,sua esposa”, o que prova que ela era considerada como a esposa legítima de David, destinada a ele desde o início dos tempos.
  
 O seu pecado, então, foi uma ofensa somente contra o Senhor. E em que constituiu esta ofensa? Não em que ele ordenou que Joab, seu general, enviasse Urias para frente de batalha para que fosse morto – porque David tinha o direito de fazer isto, uma vez que Urias chamou Joab de “meu senhor Joab” na presença do Rei, o que foi desrespeitoso.
  
 O pecado de David foi que ele não matou Urias no momento em que desonrou o Rei, mas em vez disso deixou que fosse morto pela espada dos filhos de Amon; porque em cada espada amonita estava gravada a serpente que era seu deus. Disse o Senhor a David: “Tu conferiste força à abominação”; porque quando os filhos de Amon mataram Urias e muitos outros israelitas, e a espada de Amon prevaleceu, o deus pagão foi fortalecido por David.
 
Então vemos claramente que a natureza do  pecado do Rei David não foi a de tomar para si a BathSheva por mulher,  uma vez que ela estava destinada  a ele desde a  criação, e nem tampouco o de matar Urias, e sim matá-lo através da  espada dos Amomitas. E é por isto que está escrito: E David confortou  Bath-sheva, SUA ESPOSA!.
Quando David cometeu seu grande pecado ao tomar para si Bat  Sheva, ele pensou que isto iria deixar para sempre uma marca. Mas chegou  até ele a mensagem: “O senhor pôs de lado o teu pecado, e não  morrerás”; Quer dizer, a mancha foi removida. Rav Abba colocou esta  pergunta para rav Shimon: ‘Se aprendemos que Bat Sheva foi destinada ao  Rei David desde o dia da criação, como pode ser que o Senhor a tenha  dado primeiro a Urias, o hitita?’ Rav Shimon respondeu: Assim é o  caminho do Senhor; embora uma mulher esteja destinada a um determinado  homem. Ele permite que ela seja primeiro mulher de outro homem até que  chega a hora da alma-gêmea (que se elevou espiritualmente). Este é o  segredo porque a terra de Kana´an foi primeiro esposa de outro para  depois ser dada a Israel que era o seu legitimo marido. Tolo é o homem  que humilha sua esposa e a difama perante os outros, pois por este  pecado, ele será morto. Foi por isto que o povo foi punido, pois quando  os espias voltaram de olhar a Terra, a difamaram. Fazendo assim, o  marido se vai deste mundo (ele morre) para ceder lugar ao outro homem  que a tratará como uma pedra preciosa, como está escrito: Esposa  virtuosa, quem a achará, pois o seu valor excede finíssimas jóias. Esta é  a razão secreta pela qual Bat Sheva foi dada primeiro a Urias.