A primeira união de almas gêmeas
aconteceu entre Adão e Chava. Almas gêmeas são duas metades da mesma centelha
que se separam ao serem enviadas para o reino físico. A metade masculina deve
trabalhar para obter mérito para que possa receber de volta a unificação com
sua metade feminina.
Casamento Leviráto & a
União de Almas Gêmeas
Isto é o que foi estabelecido na
Torah, quando um homem morria sem ter gerado filhos, seu irmão deveria tomar
sua cunhada a fim de “construir uma casa” para que a alma do irmão falecido
retornasse a este mundo para cumprir a mitzvah de gerar filhos.
Quando o irmão aceitava cumprir o
preceito do levirato que é o segredo da reencarnação em Yibum[1], o
primogênito dele gerado em sua cunhada deveria receber o nome do irmão falecido
conforme lemos em Torah Devarim[2]:
“E o primogênito que ela lhe der será sucessor do nome do seu irmão falecido, para que o seu nome não se apague em Israel”.
Deuteronômio 25:6
Porém, quando o irmão do falecido
não estava disposto a ajudar seu irmão a voltar a este mundo tomando sua
cunhada e gerando nela um filho que seria vestido com a alma do irmão morto,
ele deveria comparecer diante do Anciãos depois que sua cunhada houvesse reportado
o caso, ela mesma compareceria diante deles e em suas presenças descalçaria a
sandália do pé e a partir deste evento sua propriedade passaria a se chamar
“casa do homem descalço”.
Encontramos este evento na história de Ruth que foi aconselhada por Naomi a dormir aos pés de Boaz depois que teve um parente do seu falecido marido se recusado a cumprir o levirato.
Eis aqui a razão secreta do
porque as mulheres desta geração gostam de colecionar sapatos: Elas estão em
busca de sua verdadeira alma gêmea, pois esta união lhes foi negada no passado
por algum irmão de seus falecidos companheiros e que eram também suas almas
gêmeas, que não lhes quis ajudar a trazerem de volta as almas de seus parceiros
que haviam morrido.
Este segredo do descalçar as
sandálias aconteceu com Moisés, quando ele subiu a Montanha Sagrada[3] e
D’us lhe ordenou descalçar dos pés suas sandálias. O Zôhar revela que ali D’us
lhe havia comandado se separar de sua esposa Tziporah para se casar com outra,
a shekináh, que a esposa do messias.
É como vermos mulheres mesmo
quando casadas sempre em busca de um novo par de calçados. Eu vi, certa
ocasião, uma amiga postar uma foto no Facebook ao lado de seu marido, segurando
na mão um dos seus sapatos. Ali, inconscientemente ela estava dizendo que ele
não era seu verdadeiro marido.
Durante a noite da Shabat, quando
os de Israel estão santificando e recepcionado a Rainha Sagrada, inúmeras almas
descem e se vestem nos corpos dos que estão celebrando com alegria. Incontáveis
centelhas gêmeas cujos homens possuíram mérito para recebê-las, mas que não
encontram um Cli para permanecerem encarnadas junto a eles devido à consciência
material e ao feminismo distorcido das mulheres desta geração, descem também e
se vestem em corpo femininos e inspiram estas mulheres a se aproximares dos
seus parceiros gêmeos. Neste momento, estas vestes femininas são consideradas
como sendo esposas de tais homens por estarem possuídas por suas centelhas gêmeas.
Os escritos sagrados nos contam
que, o Sagrado Leão de Safed[4]
passava seis dias da semana meditando em sua caverna e que, somente durante a Shabat
ele voltava para casa para ter alegria com sua esposa e também para contentá-la.
A pergunta aqui é se, realmente o Ari’zl era casado ou se sua gêmea descia
apenas durante a Shabat para estar com ele ou sua esposa era a própria Shekiná, uma vez que a alma do Ari era da raiz de Moisés. Não há evidencias de que realmente
o Ari tenha sido casado no sentido de união imposta ao mundo religiosamente
hoje. O segredo pode ter sido a reencarnação em Yibur.
Sobre esta mulher que se
prontificou e se ofereceu para ajudar para que a vontade do Sagrado seja
estabelecida no mundo, sobre ela é dito: “A mulher sábia edifica a sua casa...
(Mishley 14: 1a)”.
Quanto tais vestes femininas se
negam a hospedarem estas centelhas gêmeas, são vistas como tendo se rebelado
contra os Céus e o desejo do Sagrado, bendito seja Ele. Afortunada é a mulher
que aceita a vontade do Qadosh, Baruch Hu, e contribui para que homens santos
recebam, por ao menos uma noite, o conforto e amor de suas almas gêmeas, pois
ela receberá também todos os tesouros que esta alma traz com ela, presentes que
ela recebeu do Sagrado por ter obtido mérito para isto. Quando uma mulher se
nega a continuar hospedando uma centelha gêmea e deixa de contribuir para que a
Vontade do Santo, bendito seja Ele, se manifeste no mundo, ela também perde
todos os tesouros que receberia por ter aceitado, com amor, auxiliar os Céus.
Sobre esta mulher que se recusou
a contribuir para a vontade do Sagrado e sua manifestação no mundo é dito: “...
mas a tola a derruba com as próprias mãos (Mishley 14:1b)”.
"Por assim ser (pela transitoriedade das almas), é possível que aconteça outro caso, que é o seguinte: Se até aquele momento específico a alma-gêmea foi destinada para aquela pessoa (alma), por ter trocado a Néfesh (alma) dela e transitado para outra pessoa, será esta outra pessoa que vai recebê-la (a alma-gêmea)".
Portão das Reencarnações – há’Qedmáh 5
O Zôhar na Porção Vayechi, diz: “A casa e os bens vem dos Pais (Chochmáh e Bináh), mas do Sagrado a esposa prudente”. E o Sagrado não está limitado às leis deste mundo dominado pelo Satan e, portanto o que obteve mérito não ficaram desamparado.
"Um homem não deve jamais descalçar os belos pés da sua amada, pois no mundo espiritual esta ação e como conceder-lhe divórcio. Ele deve deixar que ela descalce os próprios pés e então, com intenso amor, ungi-los com óleo aromático para depois vesti-los com sandálias limpas. Ele deve repetir esta ação todos os dias, casando-se diariamente com ela e renovando-lhe o amor".
"Um homem não deve jamais descalçar os belos pés da sua amada, pois no mundo espiritual esta ação e como conceder-lhe divórcio. Ele deve deixar que ela descalce os próprios pés e então, com intenso amor, ungi-los com óleo aromático para depois vesti-los com sandálias limpas. Ele deve repetir esta ação todos os dias, casando-se diariamente com ela e renovando-lhe o amor".
Deepak Sankara Veda
Este artigo é um excerto da obra "Poesia Mística Erótica" e está protegido pelas leis de direitos autorais.