"Os seus olhos estavam fixos na sha´on de sete horas que repousava sobre uma placa de saphir, esta flutuava próximo do chão, calçado com placas de shocham. Observava as micro pedras enquanto elas caiam para repousar no fundo da redoma feita não de vidro de odêm, mas de berilo. O seu corpo repousava sobre um tapete entrançado com fibras de q´namon e folhas das qórem tamar. Assumira uma posição yogue enquanto meditava, usando as centelhas luminosas da nebulosa do relógio de areia que caiam, contando os daqót, permitindo assim a ampliação da sua mente. Uma expansão provocada pelo aroma de q´namon, que fluía de alguns qetoret samim flutuantes espalhados pelo ambiente, colocados estrategicamente nos pontos cardeais e pelas letras do shab´ta nas quais se transformavam as pedras da ampulheta ao descerem do receptáculo superior, sendo, ao mesmo tempo, impressas nas pupilas brancas do patriarca, gravando em suas almas e no seu espírito, os códigos celestiais do universo".
Trecho do Meu Livro "Qédem"