Na madrugada de hoje, 27 de Fevereiro (Iº de Adar), sonhei e me mostraram no sonho um pergaminho que estava queimada nas bordas e onde haviam grandes letras hebraicas escritas. Quando acordei, realizei as kavanot (introspecções), tomei banho e recitei as preces matinais ao mesmo tempo em que refletia no sonho. "- À tarde eu anoto..." - Concordei comigo mesmo sobre o que havia visto no sonho.
O Zôhar diz, citando a Torá Bereshit: ""E Iosef se lembrou dos sonhos que ele sonhara...(וַיִּזְכֹּר יוֹסֵף--אֵת הַחֲלֹמוֹת, אֲשֶׁר חָלַם לָהֶם)"
Beresheet 42: 9
Pela natureza dos meus sonhos e pelas visões que sempre tenho neles, já sabia que este não havia sido diferente e que algum segredo da Torá me havia sido entregue. À tarde, depois do almoço, sentei na minha cama e fui anotar o sonho. Enquanto fazia a anotação, a imagem que tinha visto no sonho me veio à memória e junto com ela as seis primeiras letras do Nome de 42 Letras e o ano 5774 (2013/2014). Abri meu software de pesquisa dos códigos da, selecionei a Torá Bereshit apenas e escrevi as seis primeiras letras do Santo Nome e solicitei ao programa que fizesse uma busca com um cruzamento com o ano 5774. Bingo!
Assim que meus olhos encontraram as letras na matriz, imediatamente eu tive um chazon (sonho lúcido) e vi o Profeta Eliahu descendo dos céus e tomando um balde junto ao Poço de Beer-Sheva. Ele o desceu e o recolheu cheio com as águas do Poço e me deu para beber e assim que bebi das águas de Beer-Sheva o véu foi tirado e eu vi todo o segredo no meu sonho e também que era justamente o segredo de Beer-Sheva. Eu comecei a tremer e meus braços e pernas adormeceram e eu fiquei na visão por alguns minutos e quando voltei, olhei novamente para a matrix e vi que, cruzando "Ana Be'koach" estava escrito "No deserto de Beer-Sheva" logo acima do ano 5774 que foi o ano do meu Despertar.
Quando voltei novamente meu olhar para o Nome Santo (בְּאֵר שָׁבַע) - Beer-Sheva eu vi as letras se permutarem e revelarem as seis primeiras letras do Ana Be'koach.
Todo o pensamento elevado sobre os mistérios da Torá começa em Biná e terminar em Malchut que é chamada esotericamente de "Be'er Shevá - O Poço dos Sete" e que pode também ser compreendida como "Nas Sete Luzes (be'or-sheva)" uma vez que os sete sefirot superiores derramam suas luzes em malchut que é chamada poço e como malchut é o Vergel (Jardim) do Santo, bendito seja Ele, nos o nomeamos "Jardim das Sete Luzes".
Quando Eliahu me deu de beber do Poço de Sheva eu bebi das águas de Biná que me deram compreensão. Foi o Ana Be'koach que eu vi no meu sonho anotada em um pergaminho queimado nas bordas, significando que um segredo do Santo Nome de Letras me tinha sido presenteado. É de Biná que Sandalfon (Elias) vem.
Ainda tomado pela visão de Eliahu, eu comecei a permutar as letras de Beer-sheva e anotá-las no meu diário. O segredo das permutações é este: Através do método de temurá (permutação) chamado "anterior" a letra "beit (בְּ)" se torna "alet (אָ)". A letra "alef (אֵ)" de "Beer" se torna "beit (בְּ)" e através do método "atbash" a letra "resh (ר)" se torna a letra "guimel (ג) e então nos temos as três primeiras letras do "Ana Be'koach" e então, vamos para "sheva (שָׁבַע)". A letra "shin (שָׁ)" através do método "próxima (seguinte)" se torna a letra "tav (ת)" e que através do método "albam (alef-lamed, beit-mem)" se torna a letra "yud (י)". A letra "beit (בְּ)" de "sheva (שָׁבַע)" se transforma, através de "atbash" em "shin (שָׁ)" e esta, através de "próxima" se torna em "tav (ת)", e então vamos para a última letra que é "ayin (ע)". Ao aplicarmos sobre "ayin (ע)" o método "atbash" ela se transforma em "zayin (זְ)" e esta, através de "albam" se transforma na letra "hê (ה)". Ao aplicarmos novamente o "atbash" na letra "hê (ה)" ela se transforma em "tzad (צְ)" resultando na última letra da primeira sequencia do Ana Be'koach (אב"ג ית"ץ).
As Temurot
"Permutações"
Como explicado acima, usei basicamente três métodos ou cifras, se assim preferirem, para extrair para fora de "Beer-sheva" o segredo que me tinha mostrado o Profeta Eliahu. Estas cifras foram o "Atbash (צופן אתב"ש)" - método usado pelo profeta Jeremias (capítulos 25 verso 26 e 51 verso 41) onde a primeira letra "alef (א)" é substituída pela última que é "tav (ת)", a segunda letra que é "beit (בֹ)" é substituída pela penúltima que é "shin (שִׁ)" e assim sucessivamente. O segundo método que usei foi o "Avgad (אַבְּגַ'ד)" onde o alef é substituído pela próxima e assim sucessivamente e tamb´´em o oposto. E finalmente a cifra "Albam (אלב"ם)" onde o alef-beit é dividido em dois grupos de onze letras e então, a primeira é substituída pela décima primeira, a segunda pela décima segunda e sucessivamente.
ע
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בַ
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שָׁ
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ר
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אֵ
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בְּ
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זַ
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שָׁ
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ת
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בְּ
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אֵ
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י
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גַ
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בְּ
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אֵ
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ץ
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ת
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י
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גַ
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בְּ
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אֵ
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אב"ג ית"ץ
A cifra "Atbash" foi a que o Sagrado, Ele mesmo, bendito seja, usou para extrair Seu Nome Sagrado de 42 Letras das primeiras 42 letras do Gênesis. Todos estes métodos são divinos.
Foi este segredo que me foi dado no sonho e que Elias veio para me dar a compreensão dando-me de beber das águas místicas do Poço de sheva e ainda há mais. A gematria de Beer-sheva (בְּאֵר שָׁבַע) é 575 e este valor é o mesmo de "Vai'omer Elohim: Yehi ór (וַיֹּאמֶר אֱלֹהִים, יְהִי אוֹר)" cuja tradução é "E disse D'us: Haja luz... (Gênesis :3)" e sabemos que a palavra "Ór (אוֹר)" possui a mesma gematria da palavra "raz (רז)" que é "segredo místico". O valor 575 também é a gematria de "Va'yehi davar Adonai elai le'emor (וַיְהִי דְבַר-יְהוָה, אֵלַי לֵאמֹר) - E veio a mim a palavra de Adonai, dizendo (Jeremias 1:4)".
SOD HA"NIQUDOT
As vogais (niqudot) embaixo de "Ber-sheva" nos revelam outro segredo, o número 72, uma alusão aos 72 Nomes.
Beer-sheva é um Nome poderoso porque, carrega o segredo do primeiro verso do Santo Nome de 42 Letras e a força dos 72 Nomes de D'us. Claro, ainda existem outros mistérios.
As Águas De Beer-Sheva
No dia 25, dois dias antes de receber a visita de Eliahu, eu republiquei no Facebook um excerto do meu Livro Crônicas De Qédem que narra o Rio Púrpura que corre em Aur e deságua no Pardes Rimonim (malchut):
"A leste encontra-se a nascente do “Argaman (אַרְגָּמָן) – o Rio púrpura”, e no centro do rio, numa ilha flutuante está “Onég – A Árvore Do Deleite” cujas folhas destilam o “Samim” usado como especiaria nos templos de “Sagidá – o mundo da adoração eterna ”, o segundo planeta do sistema do Altar, onde o Rei Yoshiahu também chamado “A Quarta Centelha ”, escondeu a “Arca da Aliança”, a mesma que fora usada pelos Filhos de Éber durante seu exílio em Aretz, posteriormente procurada pelos arqueólogos durante milénios. Agora, todo o universo conhecerá o seu lugar. O primeiro planeta deste sistema é “Hallel” cujo patriarca, “Dód”, fora o criador das “cento e cinquenta canções”, usadas nos serviços de adoração por quase todos os planetas do universo e que escrevera: “Ele é o contador do inumerável exército de estrelas a qual chama uma a uma pelo nome (Crónicas de Dód 147º Suráta 4º ayát) ”. As folhas de “onég” possuem três cores, fruto da sua complexa fotossíntese derivada dos três sóis Darom, Tzafun e Mizrach, e das águas púrpuras do Argaman. O “Argaman” cruza todo o planeta Aur, passando por baixo da muralha escudo do castelo, precipitando-se numa belíssima cachoeira no Vale da Imortalidade. As suas águas são a razão dos lábios purpúreos dos Sekudot. Ali, no Vale da Imortalidade é onde crescem as “rimonim – as maçãs de 613 sementes”.
Excerto de Crônicas De Qédem
Argaman (אַרְגָּמָן) é um nome esotérico, um acrônimo dos Nomes dos cinco malachim (anjos) "Ariel, Rafael, Gabriel, Michael e Nuriel" e que juntos criam as "vestes púrpuras do messias (daquele que despertou)".
Qual é a cor das águas de Beer-sheva? Elas são púrpuras que é o resultado das águas de Biná que descem passando por Zeir Anpin sendo misturadas em yesod. Quando são despejadas no "Poço de Sheva (malchut) elas estão desta cor e como só há um caminho de yesod a malchut este caminho é chamado "Nahar Argaman (Rio Púrpura)".
Shirat Beer-Sheva
O Poema De Beer-Sheva
Em dezoito de janeiro, estando tomado pela sabedoria superior, eu poetizei e publiquei no Facebook "És Beer-Sheva". Eu nada sabia do que me estava para acontecer:
"És Beer-sheva, o jardim das sete luzes e eu desejo eternamente habitar em ti. Teus lábios púrpuros declamam fagulhas de luz vestidas em palavras místicas. Teu corpo é uma tenda esotérica e os sábios se reúnem para observar-te. Campo sagrado é a tua pele dourada, um pergaminho onde anotam os anjos os desejos e as vontades dos céus. Teus belos seios são esfinges divinas que ocultam o mel da Sabedoria. Quem será digno de ti se alimentar? Sobre quais lábios destilarás o doce e sublime mel que escorrem dos teus lindos mamilos excitados protegidos por tuas róseas auréolas? Que eu seja digno de beber do tua doçura e que minha boca possua mérito para provar as águas púrpuras da tua fonte, pois tu és o Santuário do Divino, a morada da Presença Santa neste mundo. És Beer-sheva, o jardim das sete luzes e eu eternamente desejo habitar em ti".
Deepak Sankara Veda
Autor
O Qadosh Baruch Hú
com o auxílio de Eliahu
Anotado por
Dipankara Vedas