CUIDADO
O Preceito 209 dos preceitos positivos da Torah nos comanda: a respeitar os Sábios e a levantar-se diante deles, conforme diz o Zohar "na era de aquário os velhos se levantarão diante dos jovens (sábios)", a fim de honrá-los. Este preceito está expresso em Suas palavras, enaltecido seja Ele, "Diante das cãs te levantarás e honrarás as FACES do velho (Levítico 19:32)". Aqui é preciso compreensão da Chochmat Nistar (Sabedoria Escondida), pois "as Faces (plural e não singular) do Velho" aludem ao "Partzuf de Arich Anpin" que é o Atiká Qadishá (O Ancião Santo), bendito seja Ele, e ao Partzuf de Zeir Anpin (A Face Pequena) que são chamadas “Fanei´El (Faces de D´us) e que se refletem no rosto daquele que é o portador da Sabedoria[1], ainda sobre as quais diz a Sifrá: "Te levantarás e honrarás - levantar-se para demonstrar respeito". As normas deste preceito estão explicadas no primeiro capítulo do tratado Qidushin do Talmude.
Você deve saber que, embora este preceito para respeitar os Sábios seja um dever igual para todos, inclusive para um Sábio com relação a outro Sábio de igual conhecimento - como dizem os Sábios, "Os Sábios da Babilônia estavam habituados a levantarem-se uns diante dos outros" - ele é especialmente e, sobretudo obrigatório para um discípulo, pois ele deve um respeito muito maior a seu mestre do que a qualquer outro Sábio, assim como ele tem a obrigação de temê-lo, pois os Sábios afirmaram claramente que o nosso dever para como o nosso mestre é maior do que o nosso dever para como o nosso pai (a sabedoria), a quem as escrituras nos obrigam a honrar e temer. E os Sábios dizem explicitamente: "Seu pai é seu mestre e seu mestre tem prioridade".
Os Sábios também deixaram claro que um discípulo está proibido de contestar seu mestre e por contestar quer dizer-se se opor à sua decisão, rejeitar sua opinião e lecionar e instruir sem sua permissão. Na galut (exílio) para estes que insistem em lecionar sem ter recebido permissão dos céus, criando confusão, escuridão e destruição, significa que, se eles não receberam a visita de um "Tzadiq Nistar (Mestre Oculto)" de um "Maguid ha'Sodot Elion be'Gan Eden (Contador dos segredos superiores do Jardim do Éden), ele não está autorizado a ensinar.
Voltando ao tópico sobre a relação entre discípulo e mestre, ele também está proibido de brigar e discutir com ele, e de JULGÁ-LO NEGATIVAMENTE, ou seja, ATRIBUIR MOTIVAÇÕES RUINS A SEUS ATOS OU PALAVRAS. No capítulo "Helek do Tratado Sanhedrin" os Sábios dizem "Discordar de seu mestre é como discordar da Shekiná", como está digo em "quando fizeram brigar o povo contra o Eterno (Números 26:9) que Hashem nos livre de tal ação. Brigar com seu mestre é como brigar com a Shekiná, como está dito em "Estas são as águas de Meribá, porque brigaram os filhos de Israel com o Eterno (Números 20:13). Queixar-se de seu mestre é como queixar-se da Shekiná, como está dito "Não são sobre vós as vossas queixas, senão sobre o Eterno (Êxodo 16:8). Atribuir a seu mestre é como atribuir à Shekiná, como está dito "E falou o povo contra D´us e contra Moisés (Números 21:5).
Voltando ao tópico sobre a relação entre discípulo e mestre, ele também está proibido de brigar e discutir com ele, e de JULGÁ-LO NEGATIVAMENTE, ou seja, ATRIBUIR MOTIVAÇÕES RUINS A SEUS ATOS OU PALAVRAS. No capítulo "Helek do Tratado Sanhedrin" os Sábios dizem "Discordar de seu mestre é como discordar da Shekiná", como está digo em "quando fizeram brigar o povo contra o Eterno (Números 26:9) que Hashem nos livre de tal ação. Brigar com seu mestre é como brigar com a Shekiná, como está dito em "Estas são as águas de Meribá, porque brigaram os filhos de Israel com o Eterno (Números 20:13). Queixar-se de seu mestre é como queixar-se da Shekiná, como está dito "Não são sobre vós as vossas queixas, senão sobre o Eterno (Êxodo 16:8). Atribuir a seu mestre é como atribuir à Shekiná, como está dito "E falou o povo contra D´us e contra Moisés (Números 21:5).
“O santo Zohar explica que quando o poder da Sitra Achará (o lado negativo) cresce, que D'us não permita, o lado da Santidade diminui. Portanto, é vital o ganho de conhecimento da Sabedoria Escondida da Toráh para a fortificação moral do indivíduo deste modo, o engrandecimento do lado da santidade".
A Shekina, a Presença Divina, que tudo vitaliza na criação, não repousa em um lugar defeituoso ou perturbado, onde há confusão, um local sem paz, mas somente em um lugar apropriadamente preparado, um lugar de alegria (Zohar I:216b,Vayechi)".
Isto inclui um "MINIAN (Dez Homens Circuncidados)". Quando à hora sagrada da Rainha Shabat (A Shekiná) se aproxima, é necessário que um (dos dez circuncisos) se adiante para recepcioná-la quando ela chegar, pois se aproximando a rainha e não havendo ninguém para recebê-la, ela retorna e se retira daquele local. Não havendo dez homens circuncidados o local permanece com defeito e a Shekiná não pode repousar neste local. Ademais, está escrito no Zohar Sagrado, que mesmo para os guerim[2] (guilgulim ruchot yehudim) é impossível adentrar na Shekiná, sendo sua porção apenas as suas abas. Necessário aqui conhecer o mistério da letra “He” de Avraham pela qual as nafeshot dos guerim foram criadas.
Em nossa Qehilah, este preceito e sua explicação era lido e ensinado em todos os Shabatot, para que as pessoas, membros da Qehilah, fossem exortadas a não pecar contra o Sagrado, bendito seja Ele. Mesmo assim, resolveram de comum acordo, criarem uma insurreição, sendo, como conseqüência, todos marcados pelo Anjo da Morte. Deste então, todos os participantes da insurreição tem todos os anos, pessoas de suas famílias tocadas pela morte. Que Hashem tenha misericórdia deles.
Andar na companhia dos Sábios é estar protegido, pois aqueles que amam e estudam a Sabedoria da Torah, são protegidos dos de cima (os anjos) e dos debaixo (os demônios e das pessoas más) e também, como estão escondidos nas "cidades de refúgio" não serão encontrados pelos seus karmas. Se assim o é para aqueles que amam e estudam a Sabedoria, imagenem para aqueles que deliberadamente pecam contra a Shekiná, contra a Torah e contra a Sabedoria ofendendo aos Sábios, caluniado-os, associando-se com os "Reshaim (perversos)", com aqueles que já, deliberadamente, pecaram contra D´us. Estes certamente não serão poupados, conforme explica o Zohar Santo: "Aquele que oferece carona na estrada, coloca em risco a própria vida". O Zohar diz isto, porque aquele que se associa com o perverso, será contado como tal, que D´us nos livre de tal associação.
ADVERTÊNCIA
Andar na companhia dos Sábios é estar protegido, pois aqueles que amam e estudam a Sabedoria da Torah, são protegidos dos de cima (os anjos) e dos debaixo (os demônios e das pessoas más) e também, como estão escondidos nas "cidades de refúgio" não serão encontrados pelos seus karmas. Se assim o é para aqueles que amam e estudam a Sabedoria, imagenem para aqueles que deliberadamente pecam contra a Shekiná, contra a Torah e contra a Sabedoria ofendendo aos Sábios, caluniado-os, associando-se com os "Reshaim (perversos)", com aqueles que já, deliberadamente, pecaram contra D´us. Estes certamente não serão poupados, conforme explica o Zohar Santo: "Aquele que oferece carona na estrada, coloca em risco a própria vida". O Zohar diz isto, porque aquele que se associa com o perverso, será contado como tal, que D´us nos livre de tal associação.
BUDAH E DEVADATHA
"O Rebelde"
Este preceito da Sabedoria é encontrado também no budismo. Não cabe aos alunos, discípulos, amigos discordarem e se levantarem contra a SABEDORIA, e sim, procurar com esforço COMPREENDÊ-LA. Isto se chama "Bináh" em QABALAH e SATORI no ZEN BUDISMO.
"Aconteceu uma vez de um primo de Buda pensar que ele era melhor que Buda, mais certo que Buda. Como ele tinha uma opinião melhor, ele pensava que a Sangha não estava bem gerida, que os monges eram relaxados, queria regras mais duras para os monges, por exemplo, os monges comiam pela manhã e ao meio dia e ele dizia – Para quê? Basta comer uma vez só! – E este homem, chamado Devadhata, de tanto criticar, de tanto acusar Buda de excessivamente tolerante, criou um problema e seiscentos monges concordaram com ele, as regras deveriam sim, ser mais duras e que Devadhata deveria ser o líder. Então deixaram Buda e foram com Devadhata. Depois de algum tempo, após tudo dar errado, Devadhata ficou como símbolo do discípulo que pensa ser maior que o mestre e quer que a coisa seja feita de forma melhor, mais rígidamente. A lenda diz que a terra se abre e o engole. É muito provável que ele tenha sumido, desistido. E Shariputra, aquele personagem do Sutra do Coração, é que foi até o local onde estavam os monges e mostrou à eles que estavam errados".
BUDDHA E DEVADATHA
(representação)
O número 600 aqui nesta história é muito importante, pois em gematria hebraica é o valor numérico da palavra "SHEKER" que é "Falso/Impostor" e não ficou Devadhata como "Falso/Impostor" tentando obter o lugar do seu mestre?
E vejam que, assim como a terra abriu e engoliu Korach e sua turma de rebeldes, no budismo a Sabedoria diz o mesmo: "A terra abre e o engole".
O ARIZAL
DATAN E AVIRAM
"O Arizal era, por natureza, uma pessoa misericordiosa e terna que nutria um profundo amor por todas as criaturas de Deus. Seu aluno, Rabino Chaim Vital, testemunhou que seu mestre tomava especial cuidado para nunca matar um inseto, mesmo que fosse irritante como um mosquito ou uma mosca! (Sha'ar HaMitzvot, Parashat Noach) E ainda assim ele se levantou contra seus vizinhos amargos com total vigor. Certa vez, quando esses mesmos vizinhos zombaram de suas práticas e ensinamentos, o Ari os repreendeu com raiva e disse: “Você pretende continuar com seus maus caminhos? Saiba que está em meu poder fazer com que a terra o engula vivo!” Quando os alunos ouviram isso, ficaram assustados. Tal comportamento era tão estranho para seu mestre. Eles se sentiram compelidos a pedir uma explicação. “Esses vizinhos são um gilgul (reencarnação) de Datan e Aviram. Eles foram enviados de volta à terra para reparar o mal que fizeram ao desafiar Moshe Rabeinu . A única esperança deles é me obedecer e honrar, já que minha alma provém da de Moshe Rabeinu. Mas eles se recusaram a se arrepender e fui forçado a lembrá-los do castigo que já sofreram no deserto”.
Assim aprendemos que não cabe aos discípulos discordarem de seu mestre e nem tentar corrigi-lo, pois se ele estiver errado, quem ira corrigi-lo é o Sagrado, Ele mesmo, bendito seja, e não os alunos, ainda mais se o mestre demonstrou e provou honestidade e verdade durante sua vida.
Qualquer pessoa que se diga ser aluno de um mestre de Toráh, está proibida de praticar insurreição contra ele pois, se o fizer, colherá as consequências de sua insurreição. Se o mestre for uma alma que emergiu da alma-raiz de Moshê, nosso mestre, será ainda pior para esta pessoa.
E para terminar, CHAZAL (os Sábios) disseram: "Que o temor a seu mestre seja como o termo dos Céus (por amor)".
Artigo
Naib Misha'Ël Ha'Levi
"Bën Mähren Qadësh"